quinta-feira, 18 de junho de 2015

A era da computação cognitiva já começou

(Foto: reprodução)
A era dos computadores tradicionais está chegando ao fim. A computação cognitiva está chegando para substituir o que conhecemos e potencializar a interação entre pessoas e as máquinas. Este foi o assunto tratado em painel na CIAB 2015.
Os computadores que conhecemos tradicionalmente seguem um algoritmo simples para oferecer respostas às perguntas: ele segue uma árvore de decisões que, no fim das contas, chega a uma resposta única. O problema é que a maioria das coisas na vida já não têm mais uma resposta simples; elas variam de pessoa para pessoa.
É aí que entra a computação cognitiva. O nome vem da ideia de usar o poder de processamento das máquinas e o volume cada vez maior de informações que circula diariamente na internet para criar máquinas capazes de reproduzir a forma como o humano pensa para tomar uma decisão.
A IBM, que possui seu supercomputador Watson, explica que as pessoas normalmente, diante de uma nova situação, observam, interpretam, avaliam e só então decidem o que fazer. No caso do Watson, a máquina lê um conteúdo e define a que domínio ele pertence; em seguida, o entende no contexto de uma hipótese, e determina se há evidência forte o suficiente para basear uma afirmação. Depois de tudo isso, são apresentadas as evidências para que decisões bem informadas possam ser tomadas.
Como explica o Andy Narayanan, diretor da IBM, a computação cognitiva tende a melhorar a relação entre pessoas e computadores, multiplicando e acelerando o conhecimento humano, aproveitando o volume gigantesco de dados que as pessoas jamais seriam capaz de analisar durante seu período de vida. Estima-se que 4,7 quintilhões de bytes sejam gerados todos os dias.
Com o passar do tempo, a tendência também é que as máquinas se tornem mais inteligentes, absorvendo um volume cada vez maior de dados para ser capaz de fazer decisões ainda mais profundas.
E essa realidade já é mais próxima do que parece. A IBM já tem o Watson funcionando com alguns clientes. Um exemplo dado por Narayanan é o banco americano USAA, que oferece os serviços de computação cognitiva para seus clientes. O exemplo dado permite que uma pessoa faça a seguinte pergunta à máquina: “meu marido acabou de sair do Exército e estamos com dificuldades para que ele arrume emprego”, e o computador pode dar uma sugestão.
No mercado financeiro, a utilização de computadores capazes de raciocinar como pessoas. Courtnay Guimarães Jr, executivo de TI da HP, conta que no mercado de ações há os “quant traders”, com máquinas capazes de tomar 1 milhão de decisões por segundo no que se refere à compra e venda de papéis na bolsa de valores. E o mais interessante: muitas delas são blefes, algo intrinsecamente humano.
Fonte: OlharDigital

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